Sem título, da série Cirurgia Plástica,
2019
Técnica mista sobre tela
170 x 120 cm (67 x 47,2 pol.)

O artista intervém num grupo de telas encontradas por acaso. Corta-as e desmembra-as, liga uma peça a outra e desenha um novo cenário sobre os restos físicos que antes eram "obras de arte" autónomas. Este exercício de canibalismo e desmembramento remete, a partir da perspetiva material das obras, para a dimensão endogâmica e intertextual da arte enquanto processo sócio-cultural. Neste caso, o fragmento funciona como fio condutor de uma genealogia artística que se vê a si própria e ao seu passado. A arte nasce na arte.